[Resenha]: DE VOLTA À CABANA — de C. Baxter Kruger

Eu peguei esse livro emprestado, pois sempre tive curiosidade de conferi-lo. A propósito, eu já sabia que não se tratava da continuação de "A CABANA", mas sim sobre um estudo teológico da obra. Confira agora a sinopse e o meu parecer sobre "DE VOLTA À CABANA", obra de C. Baxter Kruger, uma publicação da editora Sextante.

Sinopse: Ainda criança, William P. Young, autor de A cabana, conheceu o abandono, a dor e o abuso. Buscou na religião um porto seguro, mas nunca se sentiu totalmente protegido. Assim como Mack, personagem principal de seu romance, ele estava perdido, questionando seus valores, sua fé e o próprio sentido de sua vida. Ao escrever A cabana, Young quis expressar sua dor e apresentar uma nova maneira de enxergar Deus e suas leis incompreensíveis. Por meio da trajetória de Mack, ele nos mostrou os caminhos do perdão, da cura e da reconciliação com o divino e consigo mesmo. Agora, em De volta à cabana, vamos descobrir o que está por trás desses caminhos — ou seja, os conceitos que Young encontrou na teologia e na filosofia para criar sua história. Em parceria com o próprio Young, C. Baxter aprofunda o estudo sobre a Santíssima Trindade e fala sobre a natureza do amor de Deus, demonstrando de que forma ele se manifesta em nossa vida. Citando passagens bíblicas e parábolas inspiradoras, este livro nos ajuda a entender o papel da religião no mundo de hoje, o comportamento humano frente a dor e a nossa capacidade de regeneração — seja diante das grandes tragédias ou das pequenas desilusões que se acumulam no dia a dia. 


"Porque Deus é mais..." 


Um livro esclarecedor, porém maçante! 

Como já mencionei, trata-se de uma análise teológica sobre o livro "A CABANA", onde o autor e teólogo C. Baxter Kruger, amigo do autor William P. Young, se aprofunda na mensagem que para muitos não fora compreendida. Antes de dar a minha opinião, deixarei cinco quotes da obra.




"A história por trás da história é o inferno opressivo que Paul Young viveu em pessoa. Eu vi uma foto de Paul com 6 anos de idade. Parecia um velho — cansado, infeliz, acabado e terrivelmente triste. Seus olhos eram como um apelo desesperado. A imagem me fez chorar. Mas ela é o início dessa história que a maioria de nós apreciou tanto." (Livro: DE VOLTA À CABANA, Pág.15) 


"Há quem se ofenda com a teologia de A cabana. Paul reage, não com argumentos teológico, nem buscando fundamentos em citações bíblicas, apesar de ser adepto ferrenho de ambos. Sua resposta consiste em sua própria vida e suas próprias relações." (Livro: DE VOLTA À CABANA, Pág.19) 


"A lição número 1 dessa história é que nós somos Mackenzie. Somos conhecidos, amados e objetos do Pai, do Filho e do Espírito. Simplesmente o somos, quer acreditemos ou não em Deus. A verdade é que já fomos abraçados pelo Abba de Jesus e pelo Espírito santo. É disso que trata a vinda de Jesus." (Livro: DE VOLTA À CABANA, Pág.39) 


"O Pai de Jesus ama até o assassino de Missy, e o ama para sua libertação, como faz com todos nós que causamos tanto mal à nossa vida e à vida dos outros, e com todos nós que ainda acreditamos que somos bons, inclusive o religioso melífluo, tão perdido em sua vaidade." (Livro: DE VOLTA À CABANA, Pág.111) 


"Tudo é um processo e não um acontecimento." Não acontece durante uma noite, mas durante uma vida, e talvez além dela." Não é disso que trata a história? A nossa oração, assim como a de Mackenzie, é simples: "Então, por favor, ajude-me a viver na verdade." (Livro DE VOLTA À CABANA, Pág.200) 


Os quotes citados foram uma das poucas coisas que apreciei na leitura, junto as revelações que William P. Young sofrera na infância, apresentando um pastor que perdeu-se na fé, e que à sua maneira se reencontrou, acabando por dar vida a uma linda e tocante história ficcional, um best-seller adaptado para as telonas. 

DE VOLTA À CABANA é uma análise minuciosa e — digamos assim — um tanto repetitiva sobre o amor de Deus para conosco. Trata-se de um texto de reflexão, entre o velho e o novo testamento sobre a Santíssima Trindade, ou seja, Pai, Filho e Espírito Santo. Ok! Eu já sabia que era uma análise profunda, a fim de mostrar àqueles que não compreenderam sua verdadeira (e linda) mensagem. Eu, particularmente, sempre entendi a mensagem de "A CABANA", tanto que li o livro algumas vezes, pois ele tocou meu coração de forma sublime, sem ser prosélito (o que não aconteceu com essa leitura). A análise de Brexter tornou-se um tanto arrastada e cansativa (um texto que não só explica como enche linguiça), a meu ver, totalmente desnecessária. Por fim, o que não funcionou pra mim pode funcionar para você. 

O livro é narrado em primeira pessoa, com narrativa de fácil compreensão; a diagramação está boa, com espaçamentos e fontes em excelentes tamanhos, adornada em papel pólen (o amarelinho mais escuto); e a capa segue o padrão de "A CABANA", estampando o lugar onde tudo se passou. 


Livro: DE VOLTA À CABANA 
Autor: C. Baxter Kruger 
Gênero: Biografia Cristã 
Editora: Sextante 
Ano: 2011 
Páginas: 240

Abraços literários,
Simone Pesci
http://simonepesci.blogspot.com.br/

Um comentário

  1. li o livro e achei interessante, mas não gostei dos caminhos... a mensagem é boa, mas...parece que falta alguma coisa. Então nem me interessa essa leitura.

    ResponderExcluir

Olá, leitor!
Se você chegou até aqui, fique sabendo que já fiquei feliz!
Se quiser deixe seu comentário que responderei em breve! Se tiver blog saiba que logo logo lhe farei uma visitinha ♥